Uma empresa criou um laptop ecológico feito de madeira, carregado à energia solar – que dura até quinze anos – e vai doar para que alunos carentes possam estudar.
A Wawa Laptop abriu uma campanha para construir 1.200 notebooks ecológicos e democratizar o acesso à tecnologia, principalmente nesta época de pandemia e ensino à distância.
“Há mais de 2 milhões de crianças peruanas sem acesso a um computador”, diz Ricardo Rodríguez, diretor da empresa, que fica no Peru.
Wawa, o nome do laptop, significa “criança” no idioma quíchua.
O primeiro projeto tecnológico que desenvolveram com laptops ecológicos foi em benefício das crianças de Iñapari, na fronteira entre o Brasil e o Peru.
No ano passado, eles beneficiaram alunos de San Juan de Lurigancho, Santa Clara (em Ate) e Santa Rosa (em Ancón) com 50 laptops.
A campanha
Agora a campanha, lançada no mês passado, quer arrecadar 1.200 laptops verdes. A resposta foi favorável.
As beneficiadas serão famílias que não receberam voucher ou cesta básica do Governo, mas que se preocupam com a educação dos seus filhos.
Cada laptop custa 1.450 soles – quase R$ 2.200- mas devido à situação do coronavírus o valor baixou para 1.199 soles – quase R$ 1.800.
O laptop
O Wawa Laptop 2.0 é produzido em MDF e facilmente desmontável.
A ideia é que os usuários possam atualizar as peças facilmente.
O software baseado no sistema operacional Linux também garante mais liberdade de criação e desenvolvimento.
O carregamento por energia solar possibilita o uso em regiões que contam com redes de energia elétrica.
A empresa
Em 2015, o grupo criou a empresa Wawa Laptop, para levar recursos tecnológicos a crianças e escolas de diversas regiões dos Andes e da Amazônia peruana.
A empresa já é conhecida no país por produzir próteses impressas em 3D de baixo custo para melhorar a qualidade de vida das pessoas com necessidades especiais. Elas saem por US $ 900, contra os US $ 35.000 das existentes no mercado.