(Foto: Jenna Williams Purple Door Coffee/Facebook /Reprodução)
Dois jovens criaram um café que emprega moradores de rua, e estão conseguindo tirar boa parte deles das drogas.O Purple Door Coffee, em Denver, EUA, nasceu há cerca de dois anos e dá uma oportunidade de trabalho pra quem foi obrigado a viver nas ruas, mas não perdeu o amor próprio e o sonho de construir um futuro melhor. Em entrevista à KUSA-TV, Madison Chandler e Mark Smesrud, os fundadores do café, contam que o Purple Door Coffee emprega três jovens de cada vez e lhes oferece contratos de trabalho de um ano e ainda os ajuda a encontrar um local para viver.
"Os jovens que vivem na rua têm uma cultura muito distinta e precisavam de algo que fosse muito específico", explica Smesrud.
Segundo ele, essas pessoas partilham um grande sentido de esperança, razão que o levou, em conjunto com Chandler, a fundar o estabelecimento sem fins lucrativos.
Tirar das drogas
Embora, por vezes, o progresso seja lento e difícil, os dois empreendedores e filântropos tentam incentivar os funcionários, muitos com problemas de drogas, a evitarem a recaída.
Jenna Williams é um dos casos de sucesso do Purple Door Coffee.
A jovem de 23 anos, que viveu na rua desde os 15, terminou, recentemente, o seu contrato e já encontrou um novo emprego como "barista", num dos cafés da rede Starbucks.
"A família do Purple Door Coffee me deu a oportunidade que mais ninguém me daria. Eles me compreenderam. Nunca me senti tão em casa. É uma missão que funciona e que tenho muito orgulho em ter vivenciado", confidenciou à KUSA-TV.
Recaída
Jenna, que, em Outubro, quase perdeu o emprego depois de ter voltado ao ex-namorado e às drogas pesadas, garante que o apoio e orientação que recebeu durante aquele período foram fundamentais.
"Em parte, o programa me ajudou a me afastar da situação, porque um dos conselhos que me deram foi me lembrar que tenho a liberdade de sair de circunstâncias que não sejam saudáveis para mim", recorda.
Até ao momento, os funcionários do Purple Door Coffee registam "uma taxa de sucesso de 50%".
Mas Mark Smesrud assegura que, mesmo aqueles que não concluem a experiência, se beneficiam de tudo o que vão aprendendo durante o processo.