Apesar de possuir um certo receio em visitar o país, que um ano antes tinha sido devastado por um terremoto e estava ambientalmente instável, Kathryn chegou ao aeroporto de Tenzing-Hillary, em um pequeno avião, no local de desembarque mais perigoso do mundo.
"Antes de partir, escrevi meu testamento", ela disse. à Good News Network. Kathryn não esperava voltar. Para ela, nessa viagem, havia apenas duas opções: encontrar um sentido para sua existência ou se jogar de uma montanha.
Nos momentos mais difíceis das caminhadas, que levavam cerca de 10 horas, Kathryn olhava para os precipícios das montanhas e se perguntava se deveria terminar a trilha, assim como também pensava se acabaria com a própria vida.
Com a ajuda da irmã e de seu guia, ela conseguiu tomar a decisão certa, e se manteve firme e forte, na aldeia isolada de Lukla, no Nepal. A cidade serve como uma porta de entrada para a região Everest do Himalaia, a 2, 860 metros acima do nível do mar. Só é possível chegar a pé até a cidade, através de aviões leves, que pousam em um dos aeroportos mais perigosos do mundo. Isso limita os recursos disponíveis para o povo de Lukla, desde as coisas mais básicas, como alimentos e roupas, até coisas maiores, como materiais para construir uma casa.
Em um dos dias da viagem, Kathryn e Carol tiveram um pequeno imprevisto: ambas estavam com intoxicação alimentar.
A caminhada precisou ser adiada e ela e a irmã ficaram um tempo na aldeia, o que fez Kathryn conhecer um pouco mais os habitantes do local. Um deles, além de se tornar um grande amigo, ajudou Kathryn a descobrir o seu verdadeiro propósito da vida: ajudar os outros.
Ao conversar com Lhakpa, filho do dono do alojamento onde estava com sua irmã, Kathryn soube dos esforços filantrópicos da família dele e de sua iniciativa em melhorar as oportunidades de educação para as crianças carentes da comunidade.
"O que se tornou o principal motivo para eu decidir me envolver com a educação em Lukla, foi quando eu soube que não deixaram uma criança frequentar a escola porque ela não podia pagar $ 15 por mês", explicou Kathryn. Nascia então a organização sem fins criativos "Learning for Lukla".
Para começar, Kathryn decidiu patrocinar as aulas para algumas das crianças mais carentes. Ela pediu para Lhakpa que procurasse as crianças mais pobres e as que tinham menos chances de terem uma boa educação. Mesmo assim, Kathryn percebeu que isso era pouco. Ao discutir isso com Lhakpa, os dois amigos decidiram que o mais necessário para a aldeia era uma estrutura permanente para os alunos.
Com suas economias, Kathryn comprou um terreno, e com seu próprio financiamento, doações de familiares e amigos, envolvimento da comunidade e, "muita oração", uma nova escola de quatro salas surgiu na comunidade e tornou-se o centro para a educação na aldeia.
Nomeado de Lowe Institute, o local foi construído para que os alunos tenham mais recursos para uma melhoria no desempenho acadêmico, com aulas de reforço e ajuda.
"Alguns dizem que querem ser médicos, policiais, pilotos … outros dizem que querem ser pais que possam educar melhor seus próprios filhos", explica.
"Learning for Lukla" atualmente apoia 28 crianças entre 5-18 anos de idade, e cada criança necessita de cerca de $ 15USD por mês para poder continuar com a sua educação.
Embora as crianças ainda tenham dúvida do que serão, uma coisa é certa: todas serão beneficiadas e agora possuem a oportunidade de construir um futuro melhor com essa ótima iniciativa.
Você pode visitar a página do projeto no Facebook aqui e ajudar aqui