Tem gente boa no mundo, ou não tem? Uma família adotou 88 crianças com necessidades especiais.
Nas últimas quatro décadas, Michael e Camille Geraldi tornaram-se os responsáveis legais de 88 crianças e adultos com algum tipo de deficiência.
Desde que o casal se conheceu em 1973 no Miami Children's Hospital, os dois sabiam que estavam destinados a cuidar de crianças.
Enquanto Camille trabalhava como enfermeira e Michael como pediatra, eles dedicaram suas carreiras a curar e cuidar dos jovens pacientes - alguns com necessidades especiais, abandonados pelos pais.
Michael era famoso por oferecer seus serviços a famílias de baixa renda gratuitamente e Camille freqüentemente passava noites no hospital lendo crianças com deficiência.
Dois anos depois de se casarem, eles começaram a adotar os órfãos incapacitados do hospital.
As crianças que têm desde autismo até paralisia cerebral, deformidades faciais a síndrome de Down.
"Eu amo essas crianças", disse Camille à Good News Network. "Embora possa ser desafiador, dar trabalho, quando você tem fé, você vai adiante".
No momento em que adotaram 18 crianças - e deram à luz três filhos de sangue - eles começaram a Possible Dream Foundation - Fundação Sonho Possível, em tradução livre - uma organização sem fins lucrativos para ajudar a financiar reabilitação, educação, treinamento de trabalho e tratamento de seus filhos.
Dificuldades
Enquanto a renda assalariada de Michael pagava a maior parte de suas despesas, a família precisava de assistência à medida que sua ninhada cresceu nos anos 90 para incluir 31 jovens.
As circunstâncias ficaram difíceis depois que a casa deles, em Miami, na Flórida, foi destruída pelo furacão Andrew.
A família se mudou então para uma fazenda na Carolina do Norte, onde muitas das crianças cresceram, se formaram no ensino médio e se tornaram treinadores de cães.
Em 2011 outro desastre atingiu a fazenda, que foi atingida por um relâmpago, que causou um incêndio no local.
Vida nova
Mas Camille e Michael não desistiram e logo veio a fase de boa sorte.
Com o dinheiro do seguro da casa, eles compraram uma casa na Geórgia e fizeram um lar totalmente acessível para deficientes.
Camille hoje tem 68 anos e, apesar de ter perdido Michael para um câncer agressivo no ano passado, ela ainda tem um poderoso espírito para cuidar das crianças, ao lado de uma grande equipe de voluntários.
De onde ela tira tanta motivação? Camille fala em inspiração divina.
"Eu acho que às vezes você leva jeito para fazer isso, ou você não leva", ela diz. "Eu sei que estou fazendo o trabalho de Deus - ele planeja o dia e eu apenas o realizo. Ele me motiva ao longo do caminho. "
Assista à reportagem do 60 Minutes
Com informações do GNN