Os transplantes de córnea podem estar com os dias contados.
Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA, desenvolveram células de córnea em laboratório.
A boa nova, se for aprovada, poderá permitir que cientistas injetem células da córnea diretamente no olho. Isso seria capaz de substituir cerca de 80 por cento dos transplantes de córnea.
Aprovação da FDA
Os pesquisadores vão tentar a aprovação do FDA - a agência de saúde dos EUA - para conduzir a segunda fase de testes em setembro e entender como o método é eficaz na melhoria da visão dos pacientes.
Só nos EUA, 33.000 pessoas passam por cirurgia de transplante de córnea a cada ano.
Se for bem sucedido, o método também pode ser usado para substituir outros tipos de células oculares danificadas como o glaucoma, que afeta o nervo óptico e pode causar cegueira irreversível.
Como
O novo método de Stanford cria células individuais usando células da córnea doadas de um cadáver.
Elas são colocadas em uma solução, onde são cultivadas novas células.
As células jovens são introduzidas no olho por meio de uma nova tecnologia com nanopartículas magnéticas, 1500 vezes menores em diâmetro do que um cabelo humano.
As células são magnetizadas com essas nanopartículas, que são colocadas em uma seringa e injetadas no olho.
Após algum tempo, as nanopartículas magnéticas caem das células e saem do corpo dos pacientes através da urina.
Cultivo
Milhões de células da córnea estão sendo cultivadas no novo Laboratório de Stanford para a Medicina Celular e Genética, em Palo Alto.
"Uma córnea de doador pode gerar células suficientes para tratar dezenas ou centenas de pacientes", disse o pesquisador Jeffrey Goldberg, professor e presidente do Departamento de Oftalmologia.
Atualmente, nas cirurgias de transplantes de córnea pacientes de alto risco, as taxas de falha são superiores a 50 por cento. Nas sem complicações a taxa de falha é de quase dez por cento.
O Dr. Goldberg disse que ele e sua equipe esperam produzir as células em massa, que podem ser transplantadas em pacientes com dano corneano severo.
Testes em humanos
Os pesquisadores testaram o método de segurança em 11 pacientes durante um ensaio de fase 1.
Eles descobriram que o procedimento é seguro.
A rejeição pode ser evitada neste procedimento com colírios.
Com informações do Daily Mail