No Brasil, os trâmites para doação de órgãos é extremamente burocrática, segunda a ex-enfermeira Juliana Borges, que trabalhou na área de UTI por muitos anos e nos mandou um depoimento por inbox na nossa página no Facebook, o trâmite "começa com o diagnóstico de morte encefálica que leva 72 horas pra ser fechado até a conversa com família, autorização, captação e finalmente a doação. Por este motivo, não há tráfico de órgãos, não há como furar fila. A equipe que faz o diagnóstico de morte encefálica não é a mesma que faz a captação e nem a mesma que faz o transplante".
E continua: "Com a morte de Dona Marisa Leticia e a doação de órgãos pela família, a previsão de que as doações possam aumentar é real. Bem como a discussão sobre o assunto. Então o meu pedido é: falem sobre transplantes, fila de transplantes e o processo de doação. Um exemplo: Quando a menina Eloa faleceu anos atrás, as taxas de doações aumentaram significativamente. Vamos tirar de um acontecimento triste novas esperanças."
Agradecemos o inbox da Juliana, e resolvemos falar sobre um projeto japonês que incentiva a doação de órgãos.
O Japão tem uma longa fila de crianças esperando para receber um órgão: são cerca de 14 mil, e dessas, apenas 300 conseguem ser transplantadas, todos os anos.
Um número bastante pequeno que é reflexo da falta de conscientização da população sobre a importância de se doar órgãos e, assim, salvar milhares de vidas.
Sabendo disso, o criativo Akira Suzuki e um amigo, em parceria com o grupo de transplantes Green Ribbon Campaign, criaram um projeto pra lá de fofo chamado "Second Life Toys", que restaura bichinhos de pelúcia com alguma parte faltando usando partes de outros brinquedos, dando a eles uma vida nova, que é o que acontece quando você doa um órgão para quem está precisando.
O projeto também recebe doações de brinquedos e doa peças para quem estiver interessado em restaurar seus próprios bichinhos de pelúcia.
Vejam o vídeo do projeto: