A paternidade traz alguns desafios universais, como a necessidade básica de zelar pelo bem-estar e pela educação de nossos filhos. Mas há também aquelas missões particulares, que pintam ao longo da construção da personalidade dos pequenos que colocamos neste mundo. Geralmente, são as próprias crianças que indicam o caminho a seguir, ao mostrarem potencial na prática esportiva ou um talento natural para a música, por exemplo.
Pois bem. Lá em casa, meus filhos nasceram cercados por livros , revistas e telas. Culpa dos pais, claro, e do ofício de ambos. Não deu outra: estamos criando dois leitores contumazes, que atravessam os anos consumindo todo tipo de literatura, da cultura pop a obras clássicas. Não preciso dizer que o orgulho deste pai babão é gigante.
Talvez, exatamente por isso, fiquei de cara com a história da menina Daliyah Marie Arana, de Gainsville, nos Estados Unidos. Conforme sua mãe Haleema Arana contou ao jornal "USA Today", desde sempre a garotinha ouvia com atenção as histórias lidas por ela e seu marido, pai da criança. Então, quando Dalyiah tinha apenas um ano e meio, eles perceberam que ela conseguia reconhecer uma série de palavras.
E foi assim que tudo começou. "Nós sabemos de onde isso vem", diz Haleema. "Esses pequenos cérebros são capazes de absorver muita coisa. Eles simplesmente aprendem."
A história de Daliyah logo ganhou repercussão nacional nos Estados Unidos. Tanto que, na semana passada, a pequena foi convidada para curtir um dia que deve ficar registrado em seu HD cerebral por um bom tempo.
No dia 11 de janeiro, Daliyah "trabalhou" como chefe da Biblioteca do Congresso, em Washington. O prédio guarda nada menos que 155 milhões de tomos em seus corredores, o que garante a ele o título de maior biblioteca em atividade do planeta. Recebida por Carla Hayden, 14º bibliotecária-chefe do Congresso Americano, a pequena passeou pelos corredores, posou para fotos e, claro, parou para ler alguma coisinha.
Segundo a mãe de Dalyiah, a menina tem o objetivo de chegar aos 1.500 livros devorados até setembro, quando irá para a escola pela primeira vez.
E você, caro leitor, quantos livros terá lido até lá?