Desde setembro do ano passado, Ryan Sciberras, de 32 anos, é o orgulhoso pai de Kay, de 1 ano. Ele conta que o filho renovou inúmeros conceitos sobre família e os dois hoje são um lindo exemplo de que o amor não só une pessoas, mas abraça os propósitos.
Kay tem Síndrome de Down e no início isso também trouxe uma certa insegurança para Ryan, que é solteiro e gay. Mas hoje ele garante que a chegada do bebê só fez crescer ainda mais o amor entre eles, os amigos e a família.
“Desde que Kay entrou nas nossas vidas, todos ficaram muito felizes. Meus pais são os melhores avós, tão cheios de amor. Sou muito abençoado por ser cercado de tantas pessoas amorosas e generosas”, contou.
Sonho de paternidade
Ryan conta que sempre viu a paternidade como um objetivo de vida, mas como se deparava com uma frustração amorosa atrás da outra, este sonho parecia cada vez mais distante.
Quando completou 30 anos, ele decidiu que queria encarar esta jornada sozinho. Em 2020, Ryan, começou o processo de adoção e recebeu a aprovação em 2021.
“Eu quero ser pai desde que me lembro. Quando eu estava me aproximando dos meus 30 anos, percebi que precisava ter filhos em breve para eu conseguir acompanhá-los e ter energia. Nunca pensei que ter filhos em uma idade mais avançada funcionaria”, disse.
Antes de receber Kay, Ryan começou a ler sobre parentalidade e sobre ser pai solo, o que o motivou ainda mais.
“Eu decidi procurar a adoção, mas sendo um homem gay e solteiro, estava bem preocupado que demorasse para eu ser aprovado como pai potencial”, relatou.
Adoção e guarda definitiva
Para chegar até Kay, o pai precisou passar por muitos processos, como uma avaliação psicológica, fornecer extratos bancários para provar que conseguiria sustentar uma criança e conceder visitas domiciliares.
No entanto, diferentemente do que pensava, tudo aconteceu muito rápido. Em setembro de 2021, alguns meses após começar o processo, Ryan recebeu a ligação sobre Kay.
“Depois de ir a uma reunião com uma assistente social e ver uma foto dele pela primeira vez, eu soube imediatamente que ele seria meu filho”, lembrou o pai.
Apenas cinco dias depois deste encontro, o menino já pôde se mudar para a casa de Ryan.
“Foi surreal. Eu nem tive tempo de me preparar, os meus amigos, minha família e os pais adotivos que estavam com Kay me ajudaram muito com roupas, mamadeiras, berço e carrinho de bebê”, disse.
Surpresa para a família
Ele não havia contado para a família quando decidiu que iria adotar, porque tinha medo de ser rejeitado pela agência.
Por isso, alguns familiares ficaram muito surpresos ao ouvir a notícia, mas ofereceram todo o apoio.
“Tem sido uma curva de aprendizado incrível, eu valorizo todos os momentos desde que ele chegou em casa. Eu leciono em uma escola de necessidades especiais, então, a Síndrome de Down dele nunca me incomodou”, afirmou.
Kay teve alguns problemas de saúde ao longo dos meses e precisou ir em várias consultas médicas. Mas como um pai presente, Ryan sempre ficou ao lado do bebê e assegurou que faria tudo por ele.
“Minha licença-paternidade foram os melhores cinco meses da minha vida. Eu fiquei em casa formando um vínculo inquebrável com o meu filho, celebrando vários marcos com ele, como o seu primeiro Natal, quando ele completou seis meses e todos os sorrisos no meio do caminho”, recordou.
Quando a adoção legal foi finalizada, em março, Ryan sentiu que, naquele instante, o mundo dele estava completo.
“Mal posso esperar para ver o que o futuro reserva para mim e para o meu filho”, concluiu.
Com informações de Kidspot