Nesta quarta-feira (25), o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, anunciou à imprensa que vai autorizar a retirada de 200 animais de estimação, entre cães e gatos, de um abrigo na região de Cabul, a capital do Afeganistão, para o Reino Unido.
O resgate está feito por um ex-fuzileiro naval, que alugou um avião inteiro para levar uma equipe de cuidadores afegãos e os animais até um lugar seguro.
Paul Farthing, que serviu com os Royal Marines na província afegã de Helmand, em meados dos anos 2000, criou o santuário Nowzad há 15 anos. O objetivo era ajudar a aumentar a conscientização da população sobre o bem-estar dos animais. Sua clínica treinou as primeiras veterinárias totalmente qualificadas do Afeganistão.
Dias atrás, o governo do Reino Unido chegou a dizer que não daria “prioridade aos animais sobre homens, mulheres e crianças desesperadas que batem à porta”.
O comunicado não foi bem recebido e pouco depois, o primeiro-ministro Boris Johnson mudou de postura e anunciou que concederá visto para todos os funcionários da ONG de bem-estar animal Nowzad, que atua no Afeganistão, e para suas famílias – cerca de 68 pessoas no total.
Enquanto isso, milhares de afegãos continuam esperando no aeroporto de Cabul para saírem do país em algum dos voos organizados pelos países ocidentais.
Desde o dia 14 de agosto, os Estados Unidos retiraram cerca de 70.700 pessoas. Já o Reino Unido retirou mais de 10.200 pessoas. Outras nações da União Europeia e países do Oriente Médio também têm oferecido resgate e apoio para o povo afegão.
Empresas também têm buscado ajudar: nesta semana, o Airbnb, plataforma online de serviço de hospedagem Airbnb afirmou que vai oferecer acomodação 100% gratuita para 20 mil refugiados afegãos que fugiram do país após a tomada de poder do grupo radical Talibã.
O objetivo é ajudá-los a se reassentar pelo mundo e garantir que eles recomecem a vida com dignidade e oportunidades.