Hoje, em meio à pandemia da Covid 19, no Brasil, há uma luta entre defensores do isolamento completo e defensores do isolamento parcial. O motivo é sempre o dinheiro, a sobrevivência sem salários, com dados, estatísticas e artigos sustentando ambos os casos. E a gente fica aqui tentando tecer uma opinião, mas o medo nubla tudo. Medo de ficar sem dinheiro. Medo da morte.
Por enquanto, estamos em isolamento, a não ser os serviços essenciais. Vamos, por ora, tentar nos acalmar e tirar um proveito desse confinamento forçado. Nada é por acaso, tudo pode ensinar e servir como reflexão, ajudando-nos a tomar novos rumos na vida lá fora e aqui dentro de nós. Aproveitemos esse momento, em que ficamos em casa, para pensar e repensar, para tentar sair disso tudo melhores como pessoas, mais humanos e seguros.
Temos, por exemplo, uma ótima oportunidade de nos reencontrarmos com as pessoas que dividem o nosso teto. Sim, reencontrar, porque a correria louca do cotidiano nos distancia de lugares, de sentimentos e de pessoas, principalmente daquelas que deveríamos manter bem junto de nosso coração. Conversem bastante, relembrem o passado, façam coisas juntos, na cozinha, na sala, no quintal. Reúnam-se, olhando-se nos olhos.
Da mesma forma, é momento de reencontrarmos a nós mesmos. É momento de autoanálise. Aproveite o confinamento para refletir sobre os rumos que você está dando para a sua vida. Analise se o que você vinha priorizando era o que realmente importa. Ponha as suas emoções em ordem. Aproxime-se de seus queridos que dividem os cômodos e o alimento em seu lar. Aproxime-se de si mesmo. Aproxime-se de seu coração.
E, sobretudo, aproveite o confinamento para perceber quem realmente faz falta em sua vida. Se a ausência de certas pessoas lhe fizer bem, continue longe delas, mesmo quando a pandemia acabar. Só volte aos lugares e para as pessoas que fizeram falta. Não volte aos mesmos erros. Siga mais forte, mais feliz, mais gente de verdade. Assim seja.