Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) descobriu uma maneira mais rápida e eficaz de diagnosticar o coronavírus, que já infectou 40 mil pessoas e matou 900 ao redor do mundo.
Com o auxílio de um equipamento chamado Real Time, foi possível identificar – ou descartar a presença do vírus – em apenas 3 horas, bem menos do que as 48 horas necessárias anteriormente.
“Estamos felizes com o resultado, torna tudo mais rápido”, disse o virologista Gúbio Soares, coordenador do grupo de pesquisa.
Importado dos Estados Unidos em dezembro do ano passado, o equipamento custa cerca de R$ 150 mil e equipa o Laboratório de Virologia da UFBA. Ele é capaz de verificar se o material genético (RNA) da secreção respiratória contém o gene do coronavírus.
Como até o momento não houve casos desse tipo de infecção no Brasil, Gúbio afirma que o material que compõe o código genético do coronavírus (nucleotídeos) foi preparado para reconhecer regiões genéticas dele.
Se o resultado do exame der positivo, é possível visualizar pelo Real Time um gráfico ondulado nas amostras.
O diagnóstico é feito em três etapas: de início, as secreções respiratórias são retiradas de um paciente suspeito e resfriadas a 4°C. Em seguida, os pesquisadores extraem o material genético da secreção e adicionam, sobre ele, os nucleotídeos que identificam a presença ou não do coronavírus. Três horas depois, o teste fica pronto.
Há quase cinco anos, o mesmo equipamento, sob o comando das pesquisadoras brasileiras Silvia Sardi e Rejane Hughes, foi pioneiro na descoberta do zika vírus, cujo primeiro diagnóstico comprovado foi divulgado pelo laboratório em 28 de abril de 2015.
As pesquisadoras utilizam trabalhos científicos elaborados na China para orientar as análises. O diferencial aqui é que elas decidiram usar o equipamento apenas para verificar o material genético do coronavírus, ganhando tempo no diagnóstico.
“Nosso objetivo é processar diretamente coronavírus, com maior rapidez. Não vamos perder tempo com outros vírus”, indicou Soares.
“Acho importante que se diga que não é uma doença tão letal, nem tão grave. Não é para ficar aflito com carnaval, nem nada”, ponderou a pesquisadora.
[Nota da Redação]
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