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Moradores de rua reformam asilo e levam amor a idosos

Moradores em situação de rua, do projeto DOA AMOR, reformaram o Casa de Repouso Bom Pastor, em Belo Horizonte.

Publicada em 20/07/18 as 16:41h por Razões para Acreditar - 360 visualizações

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 (Foto: Trem das 7/Instagram/Reprodução)

Eles são moradores de rua, passam as noites em albergues e hotéis sociais, mas essa condição não define seu caráter. Aliás, anote aí, são pessoas de bom caráter e boa índole. O que falta a elas são incentivos e oportunidades para que possam oferecer à sociedade o que têm de melhor.

O projeto DOA AMOR – mistura das letras da palavra MORADOR – é uma iniciativa de moradores de rua de Belo Horizonte. Ele é um dos “vagões” de um projeto incrível que acolhe e capacita os desabrigados na capital mineira: o Trem das 7, que tem outros 3 vagões: “autoconhecimento”, “esporte” e “empreendedorismo”. (Você também pode apoiar Idosos com Visa, sem pagar nada a mais por isso, inscreva-se aqui.)

Em conversa com o Razões para Acreditar, o coordenador do projeto, Vanderlei, 40 anos, contou como surgiu o DOA AMOR. Ele conheceu o Trem das 7 no albergue Tia Branca, um local de “passagem” para os sem-teto, onde podem dormir e tomar banho. 

Continuando a conversa, ele disse que 90% dos desabrigados que frequentam o albergue são trabalhadores da construção civil: pedreiros, eletricistas, jardineiros e por aí vai. São pessoas com mão de obra qualificada e que poderiam oferecer seus serviços gratuitamente a quem não pode pagar por eles. “Você também pode fazer a diferença na vida de um idoso. Cadastre-se no Visa Causas e veja como é rápido, simples e você não paga nada a mais por isso.”

“Então, a gente falou: ‘Podemos doar mão de obra!’”, relembra o mestre de obras e atleta ‘amador’ de corrida de rua. 

Foi assim que surgiu o quarto vagão do Trem das 7. Sabe a frase que diz “gentileza gera gentileza”? Os moradores de rua contam com a gentileza de voluntários que doam o conhecimento e as habilidades deles em prol do seu bem-estar. Pois então, o DOA AMOR nada mais é do que uma forma de retribuir essa gentileza, só que para outras pessoas.

“É uma coisa que fazemos realmente com o coração, porque estamos doando o que temos. A maioria não está mais em situação de rua, ficam em um hotel social [Anita Gomes] e no albergue [Tia Branca], que tem psicólogas e assistentes sociais”, explica Vanderlei. “É um trabalho em equipe, com reuniões e pessoas que querem ajudar e fazer a diferença. Cada dia você quer mais.” 

A primeira ação do projeto foi a reforma de um asilo para velhinhos, a Casa de Repouso Bom Pastor. Cada membro da equipe doou sua habilidade: alguns fizeram pequenas reformas, limparam o jardim do local, outros preparam lanches e todos eles de alguma compartilharam suas histórias de vida, dançaram e até cantaram para alegrar o dia dos velhinhos. 

O projeto também mobilizou empresas parceiras que doaram alimentos e itens de primeira necessidade para os idosos, como fraldas geriátricas. 

“No final, a coordenadora chegou e disse: ‘Vanderlei eu vou ficar três meses sem comprar fraldas’. O asilo ficou lindo. As palavras, os olhinhos dos idosos brilhando, agradecendo a gente. Foi feita uma festinha no final. Realmente, sentiram a presença nossa. A gente se sente útil, não é? Temos consciência de que podemos fazer alguma coisa”, contou Vanderlei.

“Foi muito bonito. As pessoas se sentiram bem e eu também me senti bem. Agora, a gente vai fazer mais uma etapa, em um abrigo para menores de idade. Vamos ver o que será preciso, passar uma tarde com eles. E a boa ação continua. 

Vanderlei corre por uma vida melhor – a sociedade agradece!

Vanderlei fez uso de bebida alcoólica durante boa parte de sua vida. Ele já foi casado e decidiu sair de casa por causa do sofrimento que o álcool trouxe para a família dele. “O alcoólatra não sofre, quem sofre é a família”, afirma.

“Não queria mais ver minha família sofrendo. Resolvi então sair de casa. Encontrei o albergue Tia Branca e fui para lá. Comecei a dar um andamento à minha vida de um modo diferente.”

Ele afirma que toda pessoa que está na rua tem um motivo, que não está lá por que quer. Pode ser o vício do álcool, como no seu caso, o abandono afetivo, no caso de crianças e adolescentes, são vários os motivos…

“A maioria delas são pessoas de caráter, querem trabalho, mudar de vida. Estamos lutando por isso, não é?”, afirma ele. “Hoje, minha família me trata bem melhor. É mais carinhosa comigo.”

Vanderlei não bebe há quatro meses, frequenta o Alcoólicos Anônimos (AA), e tem uma alimentação de atleta. A vida do ex-morador em situação de rua melhora a cada dia.

Vanderlei é um dos ‘atletas’ mais competitivos e vendedores do “Corredores da Rua”, outro projeto maravilhoso do Trem das 7 com os sem-teto e moradores de albergues e hotéis sociais.

“Já tenho quatro medalhas de corrida. Sou atleta de rua. As pessoas começam a te ver com olhares diferentes, com mais carinho”, conta orgulhoso Vanderlei.

Os treinos acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras, na Avenida dos Andradas, região central de BH.




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