As multas aplicadas pelo palhaço Paxola não têm valor legal, mas elas ajudam um bocado de gente que passa necessidades.
O ator Sóstenes Silva de Souza, 46 anos, é quem está por trás do "guarda de trânsito" mais solidário e divertido de cidades do interior de São Paulo. Ele usa o humor para conscientizar as pessoas sobre as leis do trânsito e para ajudar os mais necessitados.
Em entrevista para a Folha de S. Paulo, Paxola confessa que não é um profundo conhecedor das leis que organizam as ruas, mas que sabe o fundamental para o trabalho de educação.
Paxola vende seus serviços para prefeituras e os contratantes geralmente são departamentos ou secretarias de trânsito de municípios como Registro, Bauru e Lins - cidade onde ele nasceu e foi criado, antes de passar um tempo na capital paulista.
O pagamento da multa aplicada aos infratores não é em dinheiro, mas em doações, de coração, para famílias carentes e instituições de caridade.
A multa para quem andar sem o cinto de segurança, no valor de R$ 193,5 reais, por exemplo, pode ser substituída por uma cesta básica ou caixa de leite para quem precisa.
Quando deixou São Paulo e voltou a morar em Lins, Sóstenes procurava uma forma de sustentar ele e a mãe, uma senhora de 81 anos, sem deixar o teatro. Foi assim que ele criou o palhaço Paxola - uma homenagem ao cavalo homônimo do avô de uma amiga.
Atualmente, o trabalho como Paxola é alternado com outras atividades artísticas e voluntárias que o autor faz na sua cidade natal.