Quando Eduardo Cabral ouviu de seu filho que ele estava tendo problemas com os colegas de classe da faculdade e pensando em desistir do curso, chegou à conclusão de que a melhor maneira de incentivar Erick, de 22 anos, seria estando com ele. O jovem foi diagnosticado com autismo quando tinha 7 anos, cursava gestão empresarial, na Fatec de Guaratinguetá e andava muito desanimado com seus estudos. . (Você também pode apoiar causas com Visa, sem pagar nada a mais por isso, inscreva-se aqui.)
Quando estava no segundo semestre da faculdade, começou a ter alguns problemas de relacionamento com os outros alunos da sala e o pai começou a se preocupar: "Era muito difícil para mim", disse. Quando ele viu que o filho estava prestes a desistir, decidiu voltar a estudar e prestar vestibular. Ele, que é militar da reserva, nunca tinha feito um curso superior e a ideia parecia ser boa, afinal, além de estudar estaria ao lado do filho.
Desde que a família recebeu o diagnóstico de autismo de Erick, eles vêm lutando pela educação do jovem, que chegou a passar por 7 escolas até se formar no ensino médio. Segundo Eduardo, na maioria das vezes ele não foi acolhido: "No começo a gente não queria expor o problema, mas chega um momento em que nós precisamos de apoio, em que precisamos falar sobre o assunto para conscientizar as pessoas", disse ao G1.
Diante desta questão, ele encontrou a solução e hoje, se orgulha em dizer que não se arrepende: "Ele queria desistir e eu não podia deixar isso acontecer. É uma experiência fantástica", disse. Quando foi aprovado no vestibular, em gestão comercial, em 2016, Erick transferiu seu curso e hoje pai e filho estão na mesma sala. Não é incrível?
Com informações de G1
Foto: arquivo pessoal / Eduardo Cabral