Os arquitetos Clara Reynaldo, sócia da CR2 Arquitetura, e Lourenço Gimenes, do FGMF Arquitetos, decidiram criar uma horta comunitária onde antes era a garagem da residência do casal, em São Paulo.
Eles acreditam que uma arquitetura segura é aquela que é aberta, sem muros ou grades. A partir desse entendimento, veio a ideia de transformar a área de 2,70x5m em uma horta para uso pessoal e para quem passa pela rua.
"Com o carro sempre estacionado na rua, a área de 2,70x5m era destinada à moto de Lourenço, o que começou a nos incomodar", explica a arquiteta.
A cozinha da Casa 4×30, como foi batizado o espaço, fica logo na entrada da residência. As sementes das verduras, ervas e legumes são plantadas em módulos vazados de concretos, os mesmos por onde cresce a grama do jardim.
Um deck de cumuru faz a transição entre a calçada e a porta da casa, um painel melamínico na cor preta. Um sistema de irrigação automática que molha a horta duas vezes por dia. As paredes laterais do jardim receberam plantas trepadeiras e ladrilhos hidráulicos.
Mas, o espaço cumpre outra função além de proporcionar alimentos sem agrotóxicos para o casal, a poucos metros da cozinha, e para quem estiver passando pela rua. O jardim refresca o interior da casa naturalmente, pois ajuda a diminui a temperatura do ar que entra na residência pela fachada. Uma alternativa bem mais econômica e sustentável do que os aparelhos de ar condicionado!
São tantos os benefícios, que a troca da garagem pela horta parece uma decisão óbvia, não é mesmo?
Com informações do FTC