Se
procuras felicidade na Terra, não olvides o mundo de ti mesmo.
Começa por admitir que és um espírito imortal, usufruindo transitoriamente um
corpo perecível, mas com a obrigação de tratá-lo, convenientemente, à feição do
motorista consciencioso que conduz o próprio carro com equilíbrio e prudência,
protegendo-lhe as peças.
Por mais amplo te pareça o fascínio da rebeldia, considera que a tranquilidade
não te resguardará a existência, sem o clima do dever cumprido.
Conquanto atendendo, como é natural, às exigências dos encargos que
desempenhas, não te prendas a posses, especialmente aquelas que se te façam
claramente desnecessárias.
Por muito te consagres aos entes queridos, não te furtes de reconhecer que
talvez em maioria tenham eles características psicológicas diferentes das tuas,
caminhando, possivelmente para um tipo de existência que nem sempre conseguirás
compreender, de imediato.
Auxilia aos outros para o bem, sem mergulhá-los na dependência de tua
colaboração.
Em matéria de ligações afetivas, recorda que também aí funciona a Lei de causa
e efeito com exatidão, trazendo-te de volta aquilo que deste e aquilo que dás.
Justo entendas que és livre para usar os recursos dessa ou daquela espécie, que
te pertençam, mas não te encontras livre dos prejuízos que causes, porventura,
aos irmãos do caminho e companheiros de experiência, prejuízos que sempre te
reclamarão o resgate justo.
Em suma, a Felicidade tem base na Consciência Tranquila e, por isso mesmo, seja
onde for, será ela, em qualquer sentido, determinada pela construção de cada
um.