Fazemos testes de inteligência para ganhar inteligência. Entretanto, não
basta a inteligência para orientar com segurança os roteiros da vida.
Senão, vejamos. Quase sempre sabemos:
Entesourar conhecimento intelectual, mas
ignoramos ainda como utilizá-lo para evitar a guerra uns com os outros;
Acumular o dinheiro, mas muito raramente aprendemos
como aplicá-lo na construção da própria felicidade e da felicidade dos
semelhantes;
Inventar processos de reconforto em benefício do
corpo transitório, mas ignoramos ainda como prover as necessidades de nossas
almas eternas;
Cultivar grandes afeições, mas não sabemos ainda
como traçar-lhes o equilíbrio justo para que não se convertam em desarmonia e
paixão.
Em suma, sabemos preparar o futuro no plano físico,
mas descuidamo-nos de nossos interesses na imortalidade, que é patrimônio
inalienável.
Daí os estranhos espetáculos humanos de genialidade
e delinquência, cultura e degradação.
É que a felicidade pede, acima de tudo, a luz do
entendimento e a bênção do amor.