As crianças adoram dar apelidos umas às outras para provocar o coleguinha. É algo que faz parte da idade, e cabe aos pais ou responsáveis estabelecer o limite da brincadeira, de um jeito que os pequenos entendam que só é brincadeira quando todos se divertem.
Aluna do segundo ano do ensino fundamental, em uma escola particular de Macapá, a pequena Maria Rita, de apenas 7 anos, foi apelida de "planeta" por um colega da turma. A mãe só soube quando percebeu algo estranho na filha.
A advogada Ritta Brito perguntou o que estava acontecendo e a filha explicou que o colega lhe deu esse apelido que, segundo ele, por que "ela era gorda e redonda como um planeta". Triste em ver a filha cabisbaixa, Rita decidiu procurar a mãe do menino para conversar a respeito. A também advogada Lucijane Amanajás, mãe do João Claudio, de 7 anos, prometeu que tomaria uma providência.
No dia seguinte, ao chegar na escola Maria Rita foi surpreendida com um pedido de desculpas feito por João. Ele deu a ela uma rosa na sala de aula, em frente dos colegas de classe. "Quando fui buscar Maria na escola, ela estava com a rosa na mão e muito feliz. Minha filha estava com um sorriso no rosto. Ela disse que isso fez com que passasse a tristeza do coração e também perdoou o coleguinha", disse a mãe de Maria Rita, em entrevista para o G1.
Segundo Maria Rita, a atitude de Lucijane e o gesto do filho são exemplos a serem seguidos por outros pais e filhos quando esse tipo de coisa acontecer. Ela publicou uma foto da filha com a flor que ganhou de João no seu perfil no Facebook, para mostrar que situações assim podem ensinar muito.
"O caso das crianças é um exemplo. Eu acredito que mais pais deveriam agir dessa forma em vez de brigar ou apenas dar razão aos filhos. Deve haver um diálogo. Eu estou muito feliz com a atitude da mãe do menino, o que pode transformá-lo em um grande homem, cavalheiro e educado", afirmou.