Boa notícia para pessoas que têm diabetes, colesterol alto e insuficiência cardíaca.
Três novos remédios "vieram para encher a gente de esperança no tratamento da doença cardiovascular", disse ao SóNotíciaBoa o Dr. Fernando Costa, cardiologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo - e membro da sociedade brasileira de cardiologia.
As drogas foram anunciadas durante o XXXVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Estado de São Paulo, a Socesp, nesta quinta-feira, 15.
A nova droga para baixar o colesterol é em forma de injeção e deve ser usada a cada 15 dias.
"Tem muitos pacientes que não conseguiam reduzir no nível de colesterol porque têm doença genética, que impede isso. É um produto que vem pra ajudar muito. Não é nacional, é estudo internacional, onde o Brasil participou, a gente teve o prazer de participar desse estudo", explicou o cardiologista Fernando Costa. (foto abaixo)
"Esse estudo foi feito também em pacientes pós-enfarto e foi um absurdo o resultado para o bem deles", contou.
A droga pode reduzir muito o colesterol, em comparação com outras.
"O LDL colesterol vem sendo diminuído com o passar do tempo. Hoje preconiza-se 70 o LDL colesterol para pessoa pós-infarto. Um estudo com outros medicamentos falava em 50. Esse estudo ficou por volta de 30, 25 o LDL colesterol, sem nenhuma problema para o paciente",
O nome comercial do remédio é Praluente.
O cardiologista acredita que "logo a droga vai ser colocada como medicamento para uso em outras situações de colesterol elevado", prevê.
Diabetes
A outra droga anunciada controla o diabetes e faz o paciente eliminar o açúcar pelo xixi.
"Antigamente quando uma pessoa tinha diabetes, era comum dizer que o cara faz xixi e junta formiga no xixi dele, porque ele faz xixi com açúcar. A quantidade de açúcar no sangue quando chega a 180, você faz xixi de açúcar", explica o médico.
E é aí que entra o remédio.
"O diabetes é uma doença que faz reter o açúcar. Esse medicamento faz eliminar o açúcar porque baixa [a glicose] para 70 e você urina açúcar o dia inteiro."
A entagliflozina, o primeiro [medicamento], "mostrou que pacientes diabéticos que tinham doença coronária, que usaram esse medicamento, tiveram menor chance de infarto quando comparado com tratamento convencional", contou Fernando Costa.
A empagliflozina - nome comercial: Jardiance - produzida pelos laboratórios Boehringer Ingerlheim e Eli Lilly, está sendo vendida ao preço médio de R$ 125 (caixa com 30 comprimidos).
Insuficiência cardíaca
A terceira droga anunciada no congresso é um inibidor para tratamento da insuficiência cardíaca congestiva.
É o chamado inibidor de neprilisina.
"É uma enzina. Quando você tem insuficiência cardíaca, você produz no seu coração um peptídeo chamado BNP. Até há pouco tempo achávamos que BNP era ruim. Mas agora foi descoberto que ele faz só coisa boa pra você. Ajuda na diurese, diminui a morte das células, dilata coronárias…ele é bom", diz o cardiologista.
Fernando Costa diz que é uma droga revolucionária.
"Esse medicamento vem para impedir essa degradação e obter melhora do pacientes. Vai ser uma modificação da cultura medica do tratamento da insuficiência cardíaca . Isso vai ser a coqueluche do congresso, em relação a insuficiência cardíaca".
O médico, que participou das pesquisas da droga em um centro no Brasil, conta que ela foi desenvolvida em pesquisa mundial. "Trabalho já referendado, publicado, apresentado em congressos
O medicamento é do laboratório Novak e só aguarda a regulamentação da Anvisa para entrar no mercado. Seu nome comercial é Entresto.