O rosto de Luciene Anselmo de Faria, 30 anos, era muito diferente do que você vê acima. A história sensibilizou dois médicos que se uniram para mudar a vida dela, sem cobrar um centavo.
Natural de Peruíbe, Luciene nasceu com a síndrome de microssomia hemifacial, que provoca deformidades assimétricas do rosto.
Sem dinheiro, ela não tinha como pagar pela cirurgia e enquanto os anos foram passando, Luciene abandonou os estudos, não arrumava emprego e ainda era vítima de bullying. Foi chamada de bruxa e monstra. (fotos antigas abaixo).
No ano passado, Luciene conheceu o especialista em traumatologia buco-maxilo-facial Alessandro Silva, que tem mestrados, doutorado e fellowship em instituições como Unesp, USP, Unicamp e University of Pacific (EUA).
Os dois fizeram uma mobilização com profissionais da área, organizaram uma campanha de recursos, centralizados no Instituto Religar, e em abril deste ano operaram Luciene.Sensibilizado com o caso, ele chamou o dentista Marcelo Quintela, especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares e em Ortodontia e Ortopedia Facial, que já havia trabalhado com Alessandro em outros casos de pessoas que não tinham condições financeiras de se tratar.
A cirurgia, em um hospital de Santos, litoral sul de São Paulo, durou 11 horas e trouxe o novo sorriso que Luciene tanto esperava.
"Meu objetivo principal desde o início neste caso era que ela fosse aceita socialmente. Queria que não olhassem mais duas vezes para ela na rua e pensassem: 'que mulher estranha'. O resultado foi muito do que planejei. Ela está mais bonita", contou Alessandro ao UOL.
Luciene, é claro, também ficou feliz e já começou a colher os primeiros frutos de sua nova aparência.
Um mês depois da cirurgia, e ela conseguiu emprego no Rio de Janeiro para trabalhar como atendente de uma empresa de telefonia celular.
Com informações do UOL