A sociedade moderna parece dominada pela apatia, favorecendo a descrença coletiva em dias melhores.
A banalização dos maus costumes assume proporções preocupantes.
Assistimos ao consumismo exagerado, ao imediatismo como "solução prática", ao afrouxamento moral, ao sentimento de que somos descartáveis, à verticalização do mal ganhando força.
Carecemos de instrumentos que nos conduzam a soluções efetivas para nos tornarmos um País viável.
No centro da questão evidenciam-se a grave crise moral que vivemos e o profundo desinteresse pelo sentido da vida que leva as pessoas a não encontrarem a razão para a sua existência.
Parece que muitos não se importam mais com o que fazem porque não vislumbram horizontes e esperanças para transcenderem aos imediatismos deste mundo. Não há solução imediata.
O processo é longo e demorado. Há que se fazer vingar um mínimo de lucidez nas ações empreendidas por todos aqueles que se dizem responsáveis pelo destino desta nação, inclusive nós!
Banaliza-se a informação quando muitos preferem a rapidez da notícia à veracidade dos fatos.
A leitura, de forma mecânica, compromete o entendimento e a informação perde o seu valor.
A notícia pela notícia perde o vínculo com a realidade, não existindo então a integral absorção da sua essência.
Banaliza-se a violência quando a onda de criminalidade que nos rodeia passa a ser normal.
Outra maneira de se observar a questão da violência é identificar, bem próximo a nós, como ela se manifesta nos pequenos gestos.
Por serem tão familiares podem parecer irrelevantes frente à magnitude das manchetes.
Nesse caso não se dá tanta atenção como se deveria.
Banaliza-se o amor quando em seu nome se pratica toda a sorte de absurdos.
Nunca nesse mundo se falou tanto em amor na mesma medida em que nunca se deixou de amar tanto!
Na verdade fala-se em amor por falar, mas na prátrica é bem diferente.
Mata-se por amor, provam aqueles que assassinam seus entes queridos.
Não, ninguém mata porque ama!
O que existe na verdade é a falta de amor aliada à ausência de referências humanitárias e cristãs que possam nortear a vida de nossa gente.
Banaliza-se o sexo quando, nos últimos anos, a sexualidade abocanhou o espaço da mídia, ampliando a audiência das emissoras, garantindo um espaço cada vez maior em suas programações.
Essa questão é vista com ressalvas por muita gente.
Sabe-se que a informação é o caminho da aprendizagem quando tratada criteriosamente, o que não vem acontecendo há muito tempo.
É hora de eliminarmos certos costumes questionáveis que servem apenas para satisfazer os anseios e desejos de alguns, fortalecendo as ações amparadas em critérios éticos e valores morais (ainda) vigentes, imprescindíveis para a construção de uma sociedade humana, justa e saudável.