A tristeza de ver a destruição das matas fez um professor de matemática arregaçar as mangas e começar sozinho a plantar árvores, um processo de reflorestamento que não parou mais.
"No ano de 2009, nós plantamos 89 mil. De lá pra cá eu não parei mais", contou João Florindo ao Jornal Nacional, da TV Globo.
Ele começou a plantar árvores em Aliança, uma cidade do interior de Pernambuco, há mais de 50 anos.
Hoje com 67 anos de idade, ele já perdeu a conta de quantas plantou.
Famoso no município, conhecido como professor Nino, ele produz as próprias mudas num pequeno sitio e planta diariamente.
"É bonito, é gostoso, você estar lidando com terra, lidando com planta, reproduzindo novas vidas", disse.
Entre as mais vistas, Nino plantou uma árvore com flores amarelas em frente à Igreja Matriz, as palmeiras na entrada do cemitério, encheu de sombra dezenas de ruas e arborizou a praça da cidade.
Na sala de aula ele leva a mensagem de preservação e é admirado pelos alunos.
Persistência
O professor queria fazer uma fileira com 42 palmeiras imperiais, mas foi surpreendido por pessoas que iam lá arrancavam as mudas.
"Eu plantava, quando eu voltava no outro dia estava o desfalque. Até que acabou o estoque da sementeira, mas eu tinha que plantar alguma coisa. Então a segunda opção foi o eucalipto", contou ao JN.
Mesmo nadando contra a maré, Florindo reflorestou a mata que margeia o rio Sirigi em 4 anos e conseguiu trazer de volta a vida animal na área.
Ele conta que começaram a aparecer "capivara, cotias, camaleões e tantas outras espécies."
O sonho dele é ser lembrado quando morrer como "o plantador de árvores."
"É a razão da minha vida", conclui.
Com informações do G1