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Das chuvas de 2017, o volume da água que chegou aos açudes em fevereiro já é igual ao aporte registrado no mesmo mês do ano passado. Foram 50 bilhões de litros como recarga nos reservatórios até ontem, o que equivale a 0,2% do que o Estado pode acumular. Ainda com dez dias pela frente, fevereiro deve ultrapassar o aporte contabilizado para o mês em 2016, conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Até agora, os resultados pontuais mostram açudes que começam a se recuperar. E a previsão é de que este fim de semana tenha mais ocorrências de chuvas intensas e distribuídas pelas regiões do Ceará.
No Sertão dos Inhamuns, o açude Caldeirões foi o primeiro a sangrar em 2017. O mesmo reservatório partiu na frente em 2016 ao atingir o volume máximo de armazenamento: 1,1 bilhão de litros. Ele fica em Saboeiro, que teve chuva de 60 milímetros no último sábado, 11. Também naquela região, a cidade de Tauá teve precipitação de 152 mm no mesmo dia. Um volume que encheu pequenos açudes e fez sangrar a barragem de Carrapateiras, no distrito que leva o mesmo nome, informou o radialista Edy Fernandes. Em Tauá, as chuvas pontuais ajudaram no abastecimento em 2016. A sangria do açude Trici, em janeiro, armazenou água aproveitada até agora pela Cidade. O volume atual é de 41%.
Além do Caldeirões, outros açudes saíram de estados críticos nos últimos dias. O açude Martinópole saiu do volume morto. Também nesta semana, os açudes Cupim, Monsenhor Tabosa e Premuoca deixaram de ser considerados secos pela Cogerh. Dos maiores reservatórios do Ceará, o Castanhão é o que teve maior recarga, ganhando 4,5 bilhões de litros somente na última semana. Apesar dos primeiros aportes, o cenário geral é preocupante após cinco anos consecutivos de seca. São 49 açudes ainda no volume morto e 36 considerados secos no Ceará.