A atitude do padre Manoel Olavo Amarante prova que é um erro afirmar que todo religioso é homofóbico. Quem destila discurso de ódio contra os LGBTs é uma pequena minoria.
No domingo (30), durante o almoço de Ação de Graças, na Paróquia Sant'Ana, no bairro de Itaquera, em São Paulo, o padre fez uma bonita homenagem a um grupo de drag queens, chamado "Esquadrão das Drags".
Formado pelas queens Dindry Buck, Sissi Girl, Send Buck, Nina Cas$h, Andy D'Luck e Condy Cristal, o grupo é um exemplo de militância artística e irreverente contra o preconceito e na luta pela prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
O padre conheceu o trabalho do grupo durante o lançamento do livro "Esquadrão das Drags -Arte, irreverência e prevenção em toda parte", de Roseli Tardelli e Fernando Teixeira.
Ele já conhecia Albert Roggenbuck (a Dindry) e decidiu comparecer ao lançamento. Lá, ele pôde conhecer as outras drags e ver o seu empenho em informar e educar os jovens sobre um assunto tão importante. Foi nesse dia que surgiu a ideia de convidar o grupo para a homenagem e um almoço.
Sobre o estranhamento que isso pode gerar em algumas pessoas, o padre afirma que "a gente não pode generalizar". "Há pessoas conservadoras e há pessoas abertas dentro da igreja. Albert, por exemplo, é membro da nossa paróquia, é muito querido por todos. Eu, como pessoa humana, não tenho dificuldade de trabalhar, de ver e de contemplar essas realidades. É algo absolutamente normal", disse o padre em entrevista ao site NLUCON.