O Movimento tropicália atingiu diversas esferas culturais contemplando artes plásticas, cinema, poesia, música. Surgiu no Brasil no final da década de 60. A cultura pop brasileira e internacional influenciou o movimento juntamente com as correntes vanguardistas, em especial, o concretismo. A concepção do espetáculo MARISTA TROPICÁLIA, nasceu da necessidade de se discutir política e sustentabilidade perfazendo a arte como forma de estampar um grito calado pela ditadura militar vivida no Brasil.
A palavra MARISTA vem para enfatizar o papel dos irmãozinhos de Maria que buscavam alimentar, com conhecimentos e ensinamentos espirituais, as crianças e jovens nas terras brasileiras durante um período em que pensar se caracterizava como impróprio para o governo vigente. Enraizou-se, então, no Brasil, uma escola diferente, soltando sua voz sem medo. Educadores emanados de Maria, regendo a banda da vida que passava pelas cidades anunciando a liberdade de SER.
A sustentabilidade está ligada à ideia do PENSAR, do CONHECER para interferir no meio em que se vive. Nesse contexto, observamos o mundo que se destrói, enquanto caminhamos sobre a corda banda, em meio ao samba e àpoluição tanto física quanto espiritual que nos devora, estampada nos jornais e noticiários.
Desse modo, MARISTA TROPICÁLIA inova também em possibilitar um sincretismo entre vários tempos ao representar na figura do Hippie um modo de vida comunitário, tendendo a uma espécie de socialismo libertário, a um estilo de vida em comunhão com a natureza.
Não deixem de participar deste momento mágico e poético.
Direção Geral: Renildo Franco
Orientação Coreográfica: Michelle Cristyanne
Cenografia: Gorete Ribeiro
REALIZAÇÃO: SEAC - Setor de Arte e Cultura