Um ladrão arrependido devolveu a carteira, com a maior parte do dinheiro que roubou, e deixou um bilhete pedindo desculpas ao dono.
O caso aconteceu esta semana no Rio de Janeiro.
O advogado Eduardo Goldenberg, teve a carteira roubada na noite do dia 31 de dezembro, ao chegar a Copacabana, na zona sul da capital fluminense, para a festa da virada do ano.
Na terça-feira (5), ao chegar ao trabalho, ele encontrou um envelope com R$ 967 dos R$ 1.017 que haviam sido furtados e um bilhete dizendo:
"Dr. Eduardo, estou devolvendo seu dinheiro, que eu peguei da sua carteira no dia 31, em Copacabana. Não dormi, arrependido, e peço que me perdoe. Feliz Ano Novo. Só tirei cinquenta reais pra comprar uma champanhe pra minha mãe. Fábio", dizia o texto, escrito a mão.
Goldenberg compartilhou sua história no Facebook, que viralizou: teve , com mais de 23 mil curtidas e 8 mil compartilhamentos.
A reação
A reação do advogado ao furto também foi impressionante. Em vez de ficar irado, amaldiçoando, ou questionando a sorte, veja como ele reagiu:
"Mal saltamos na estação Siqueira Campos, play!, senti uma mão estatelada no bolso esquerdo da bermuda cargo que eu vestia e adeus carteira, adeus dinheiro e nada disso importa, é 31 de dezembro, que façam bom uso do dinheiro, dos documentos eu peço a segunda via e vamos pra festa que é o que interessa", contou Goldenberg no texto.
A devolução
Ele continua o post dizendo que foi contatado no dia seguinte, pelo Facebook, por uma pessoa cuja identidade foi preservada e que havia encontrado a carteira na própria estação de metrô Siqueira Campos.
Mas foi só na terça, quando voltou ao trabalho, que o advogado teve a surpresa: um envelope com o dinheiro -R$ 50 estavam faltando- e o bilhete.
"Entrei, já aflito. Tranquei a porta. Acendi as luzes, sentei-me, pus os óculos, abri com cuidado o envelope e contei, atônito, R$ 967 em dinheiro". "Eu só chorava. Quem me protege não dorme", finalizou.
O advogado disse não ter visto necessidade de registrar boletim de ocorrência a respeito do furto. "A única coisa que me interessava na carteira eram os documentos. E eu poderia pedir a segunda via deles depois", disse Goldenberg.
Com informações do UOL