Olha que notícia boa! O Brasil bateu recorde de transplante de órgãos em dez anos. Entre janeiro e setembro de 2023, 6.766 transplantes foram realizados em todo o país, 711 a mais do que os 6.055 do mesmo período do ano anterior.
E não para de comemorar ainda porque as doações também cresceram! De janeiro a setembro do ano passado, 3.060 doações se efetivaram no Brasil. O número representa um aumento de 17%.
Segundo Daniela Salomão, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplante (SNT), os números refletem o esforço dos profissionais de saúde envolvidos, além do papel fundamental das famílias doadoras.
Órgão mais transplantado
O rim foi o órgão mais transplantado, atingindo 66,72% dos procedimentos.
Em segundo e terceiro lugar, aparece o fígado (1.777) e o coração (323), respectivamente.
No momento, a lista de espera no país segue com 41.559 pessoas em todo o país.
Do total, 24.393 são homens e 17.165 são mulheres.
Número histórico
O recorde histórico mostra uma construção ao longo de dez anos.
Segundo o Ministério da Saúde, responsável pela lista, o resultado é consequência de estratégias que aumentaram a oferta de órgãos e tecidos para transplantes.
Além disso, com o aumento, é possível reduzir o tempo de espera dos pacientes em lista.
As informações referentes a 2023 são preliminares e podem sofrer alterações, mesmo porque este fechamento divulgado agora foi apenas até setembro.
Ações públicas
Em setembro de 2023, o transplante de órgãos no país ganhou um grande aliado, o Programa de Incremento Financeiro para o Sistema Nacional de Transplantes.
O programa foi instituído para estimular o aumento da capacidade assistencial de transplantes, atendendo a demanda da população.
Além disso, em novembro foi sancionada a lei que institui a Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e ao Transplante de Órgãos e Tecidos.
Com a medida, o governo quer chamar a atenção para a relevância das doações e promover a discussão na sociedade civil.
Como doar?
E aí, bora fazer a diferença na vida de muita gente?
No Brasil, a doação de órgãos e tecidos é feita se houver autorização familiar. Por isso, é muito importante ainda em vida, deixar claro o desejo de doar.
Um único doador pode ajudar até dez pessoas que estão na fila de espera. Fazer o bem, né?
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família é comunicada e perguntada sobre doação.
Todos os órgãos do paciente vão para pacientes que estão na fila de transplante aguardar uma nova chance de viver.
A lista é organizada por estado ou região, é única e monitora pelo Sistema Nacional de Transplante.
Um único doador pode ajudar até quatro pacientes na fila de espera. Foto: Freepik.