A Fiocruz, a mais importante instituição de ciência e tecnologia em saúde do nosso país e de toda a América Latina anunciou que irá produzir um tipo de injeção capaz de prevenir a contaminação do HIV.
O Brasil é uma referência mundial no controle da epidemia do vírus da imunodeficiência humana – em parte graças à contribuição da Fiocruz, que trabalha no desenvolvimento de pesquisas de saúde pública.
A novidade é que agora o instituto demonstrou a eficácia da “profilaxia pré-exposição (PrEp) injetável”, uma versão do antirretroviral Cabotegravir de ação prolongada, que se mostrou mais eficaz do que o consumo de pílulas diárias, feito pelos pacientes.
Para que tenha o efeito desejado, serão necessárias apenas 6 injeções por ano!
A profilaxia pré-exposição (PrEp) injetável bloqueia caminhos pelos quais o vírus pode infectar o organismo humano. Ela está sendo produzida em parceria com a agência global de saúde Unitaid.
Atualmente, a PrEp é feita pelo consumo de comprimidos (tenofovir e entricitabina), todos os dias. Sua versão injetável previne a contaminação pelo HIV por até oito semanas, reduzindo na prática o risco de infecção em até 99%.
Segundo a equipe de profissionais da Fiocruz, a injeção foi pensada como uma solução para usuários que tenham dificuldade em manter a rotina de medicação. Ao invés de tomá-la todos os dias, ele precisarão ir em um postinho 6 vezes por ano.
Estudos complementares também mostraram que a absorção do fármaco é mais eficiente nesse formato.
Nesse primeiro momento, Unitaid irá investir 10 milhões de dólares (R$ 50 milhões) no projeto, visando disponibilizar o método nacionalmente.
Além do Brasil, a agência distribui a profilaxia na África do Sul.
A notícia foi divulgada no seminário “Brasil e Unitaid – parcerias atuais e perspectivas futuras”, realizado neste mês de março.
Como é referência mundial no controle da epidemia do HIV, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), o Brasil é um dos países que participaram da criação da agência.
Fonte: TecMundo
